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Como as Empresas estão se adaptando a ESG



No Brasil, o tema ESG vem se consolidando com força nos últimos meses. As notícias sobre o assunto se multiplicam a cada dia, mesmo em veículos não focados unicamente no mercado financeiro. Isso mostra que os grandes movimentos de alocação de capital serão cada vez mais influenciados por esses critérios, o que implicará em mudanças também nas decisões de investimento por parte das empresas, com consequências reais e duradouras para os demais stakeholders envolvidos.


Alguns exemplos de iniciativas são:


· E (Environmental, na sigla em inglês): preocupa-se com a gestão das emissões de gases de efeito estufa, consumo de recursos naturais como água, energia, produção e descarte adequados de resíduos, entre outros;


· S (Social): observa a existência de diversidade de funcionários e em campanhas externas, segurança no trabalho, relacionamento com colaboradores e valores da companhia.


· G (Governança): verifica se a empresa possui políticas e práticas da companhia e controladas, diversidade nos conselhos, ética e práticas anticorrupção.


Governança e sustentabilidade


De acordo com recente pesquisa, os investidores estão contando cada vez mais com informações ESG na procura por dados de grau de investimento para apoiar seus processos de tomada de decisões, com foco em governança, direitos humanos e mudanças climáticas.

Os investidores, usam esses parâmetros como lente para investimento futuro potencial. Isso acontece porque os critérios ESG ajudam a prover aos investidores mais informações sobre as companhias onde eles estão alocando capital. Métricas ambientais ajudam a entender o relacionamento da empresa com o mundo natural e a sua dependência de recursos naturais. Métricas sociais ajudam a entender onde potenciais preocupações podem alcançar direitos humanos, relações trabalhistas, comunidades e com o público.

Ressaltamos, que as Companhias com boa governança são mais confiáveis e menos propensas a ceder para corrupção ou coerção.


Indicadores de sustentabilidade


Na última década, a influência da parte “ES” (ambiental e social) aumentou consideravelmente, mas por muito tempo, grandes empresas, organizações, governos e investidores consideraram os riscos “G” (governança), com foco em aspectos como contabilidade financeira e relatos de práticas, o papel de liderança do conselho e sua composição, corrupção, éticas de negócios e remuneração de executivos.


Em complemento ao crescimento no número e na qualidade de questões ambientais e sociais que as empresas têm que reportar, a quantidades de indicadores internos relacionados à governança também aumentaram.

Em 2018, 85% das companhias listadas no índice S&P 500, da Bolsa de Nova York, produziram alguma forma de relato ESG. Houve também um aumento de requerimentos regulatórios relacionados a tais parâmetros, totalizando mais de 1 mil em 63 países.

Assim sendo, reguladores e mercados de ações também estão respondendo às crescentes demandas de investidores por informações ESG padronizadas associadas a desempenho financeiro.

"Os ratings (classificações de risco) ESG possuem um papel fundamental para as análises de como uma companhia está desempenhando nessas dimensões e qual o potencial de riscos financeiros para os investidores", como afirma Gleice Donini, superintendente de Sustentabilidade da B3. "Também impulsionam e aceleram melhorias na gestão das práticas das companhias."


Em 2017, as Diretrizes de Relatórios Não-Financeiros da União Europeia passaram a requerer empresas com operações nos estados membros a preparar uma declaração contendo informações sobre proteção ambiental, responsabilidade social e tratamento de funcionários, respeito a direitos humanos e combate a corrupção.


No mesmo ano, Cingapura introduziu regras para preparo de relatório anual de sustentabilidade, com identificação de fatores ESG, políticas, práticas, desempenhos, metas e declaração dos conselhos de administração. As bolsas do Nasdaq Nórdico e do Báltico lançaram orientações voluntárias em março de 2017.

ESG no Brasil


No Brasil, os parâmetros ESG estão em seu estágio inicial. As áreas que cuidam do assunto nas empresas são pequenas, quando existem, a maior parte delas respondem a demandas de investidores globais localizados fora do Brasil, que estão integrando esses parâmetros em seus próprios processos de investimento.


Historicamente, investidores têm se concentrado em assuntos reputacionais e escândalos de corrupção e, consequentemente, a principal área de interesse para investidores brasileiros tem sido a governança corporativa.


Essa abordagem, contudo, começa a evoluir, e empresas que não consideram questões ambientais e sociais podem se submeter a impactos negativos em curto, médio e longo prazos.


Em pesquisa recente do Instituto CFA sugere que nos próximos cinco anos, os temas ambientais e sociais se tornarão significativamente próximos dos relacionados aos de governança em termos de importância.


O Brasil tenta um movimento na direção certa. A legislação garante proteção ao meio ambiente e existem uma série de iniciativas apoiando o desenvolvimento. Porém, há uma oportunidade para ir além. Companhias precisam entender seus impactos e a sua dependência da natureza e da sociedade e gerenciar riscos e oportunidades relacionados, enquanto se comunica de forma consistente com investidores.



Quais são as vantagens do ESG para os investidores


As empresas que se atentam às questões ESG estão mais bem preparadas para lidar com as mudanças nos padrões de produção e consumo, utilizando de maneira mais eficiente os recursos naturais e amenizando os impactos negativos de seus produtos e serviços no meio ambiente.


O próprio mercado tende a prestigiar essas empresas, por uma questão de alinhamento de valores. Os investidores estão mais conscientes, engajados e socialmente responsáveis e passam a questionar as empresas em geral, exigindo posicionamentos claros e mudanças de postura, e privilegiando as que adotam melhores práticas. Além disso, há um aspecto de maior eficiência de gestão.


Os critérios ESG podem criar valor no fluxo de caixa das empresas de cinco maneiras: (i) facilitando o crescimento da receita, (ii) reduzindo custos, (iii) minimizando intervenções regulatórias e legais, (iv) aumentando a produtividade dos funcionários e (v) otimizando investimentos em bens de capital.


Com a queda na taxa de juros, os horizontes de tempo de investimento tendem a se alongar. E, no longo prazo, as empresas mais sustentáveis e perenes são as que sobrevivem às crises. As empresas mais sintonizadas com questões ESG são mais resilientes e acabam tendo até maior valor na Bolsa.


Vale lembrar que, em um curto período de tempo, será imprescindível a adequação de todas as empresas no ESG. Isso tornará inviável uma empresa fora dos padrões do indicador.


Relatório elaborado pela própria Itaú Asset, com base em estudos de consultorias como a McKinsey, concluiu que um portfólio que adota estratégias ESG entrega resultados melhores que outro que não segue essa estratégia.


“Empresas que se atentam às questões ESG estão mais bem preparadas para lidar com as mudanças nos padrões de produção e consumo, utilizando de maneira mais eficiente os recursos naturais e amenizando os impactos negativos de seus produtos e serviços no meio ambiente”, escreve o documento.


Diagnóstico de maturidade do programa ESG


A DBC Empresarial pode auxiliar as empresas, a partir da sua metodologia, experiência na implementação, e melhores práticas de mercado na jornada ESG .


A sustentabilidade ambiental, econômica e social pressupõe um comportamento responsável das empresas ao longo de suas trajetórias, que não apenas evite, mas combata e reduza a deterioração do meio ambiente, o esgotamento de recursos naturais e as condições que desestabilizem a economia e instituições sociais vitais. O que sua organização faz em relação à sustentabilidade?


Toda organização precisa responder a essa pergunta com base na natureza de sua indústria, cultura, mercados, prioridades de stakeholders, ambiente regulatório, apetite para liderar e investir, desafios intrínsecos do ponto de vista da execução e perspectivas de longo prazo.


A indiferença às questões de sustentabilidade nos negócios traz consigo o risco de danos à reputação, erosão da marca, perda de talento, e, em última instância, fracasso nos negócios.


Por outro lado, um forte compromisso com a sustentabilidade impulsiona a inovação disruptiva, a coerência entre discursos e ações e, principalmente, o aprimoramento da liderança, colaboração e transparência.



Benefícios da adoção dos princípios ESG


Nossa abordagem


A DBC Consultoria Empresarial apoia as empresas ao longo da sua jornada de sustentabilidade, oferecendo uma abordagem holística e integrada, abrangendo os elementos necessários para traçar o caminho de valor para o futuro.


· Suportamos os líderes empresariais no entendimento do impacto social de suas organizações e na análise de tendências estruturais, como o crescimento populacional, a digitalização e a mudança climática, para um completo mapeamento de seus efeitos sobre o potencial de crescimento dos negócios e o direcionamento de iniciativas pró sustentabilidade.


· Seja para uma avaliação inicial, entendimento de oportunidades e definição dos objetivos de sustentabilidade, ou no planejamento, implementação e manutenção de programas ESG, oferecemos um amplo escopo de serviços que aliam gestão de riscos corporativos e Compliance, tecnologias e data analytics para o desenvolvimento de estratégias, estruturas, políticas, processos, controles e indicadores que alavancam o cumprimento dos critérios ESG e seus benefícios.


Como a DBC Consultoria Empresarial pode ajudar?


Para investidores e gestores de ativos

  • Suporte na definição dos critérios relevantes a serem avaliados em relação às empresas investidas e ativos;

  • Visão por segmento de negócio, de acordo com referência de materialidade do setor;

  • Mapa de riscos por setor



Para empresas

  • Estruturação da jornada ESG em linha com o objetivo a ser alcançado;

  • Benchmarks com empresas dos mesmos setores;

  • Revisão e implantação dos processos de gestão do Programa ESG;

  • Auditoria e monitoramento contínuo do programa

Solução x Problema

Para concluir, as empresas que realmente estiverem comprometidas em fazer o ESG, tendem a permanecer mais tempo no mercado. Isso porque o caminho é a sustentabilidade não somente da empresa, mas sim da comunidade ou entorno.


Essa jornada leva a sustentabilidade do planeta e as consequências diretas que uma empresa causa. Assim, legislações mais rígidas contra crimes de meio ambiente deverão ser inseridas durante o processo de adequação mundial.

Como também, o reforço no que diz respeito a corrupção não somente na empresa, mas como um todo. E tendo o ESG como indicador, o investidor poderá ter mais parâmetros para escolha no momento de realizar um investimento.




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